quinta-feira, 7 de julho de 2011

JOVEM ESCRITOR EM ILHABELA É SUCESSO

 
 
LIVRO  " NAUFRAGOS"
 
NATHANAEL OLYVER
 
1° Capítulo   
OBS: Nesse 1° capítulo de meu livro, não encontrase ainda característica de personagens. É apenas o príncipio do enredo, o significado e a intensidade de amor, para que depois possam entender com clareza a história. Apartir do segundo capítulo o romance ...começa a se desenvolver e sua intensidade eleva-se a cada capítulo. Boa Leitura!! ( Quero comentarios, risos,). Abaixo Segue o resumo do 1° capítulo. O enredo da obra, baseado em fatos reais do Transatlântico Principe de Astúrias, que naufragou em 1.916 nas encostas DE ILHABELA.
 
​ Capítulo 1° ​ Pensamentos. Deixem chamar-me de Olyver, e apresentar a seguir o que está em minha mente, indecifrável. Durante um dia inteiro, escuro, sombrio, silencioso, passava eu. E quando as sombras da noite se estendiam, finalmente me encontrei. Após ultrapassar vários dias desafiadores, melancólicos. Como um mistério de todo insolúvel, não podia lutar contra o que me atormentava e se amontoavam sobre mim enquanto pensava. Pensar, nem sempre é fácil, ás vezes nos leva ao intenso silêncio, que se torna um verdadeiro peine forte et dure ¹ . Onde também pode se encontrar tanto prazer, quanto é possível experimentar sofrimento, sobre minuciosas recordações e sonhos. Os erros do passado, que não são esquecidos, assolam medo. Principalmente quando se fala em amor. E esse erro é tão grande, que fico perplexo diante da unanimidade com que foi recebido. Nada pode ser revelado, como nada chegou á nível de revelação. Um vazio absoluto, um desejo incontrolável, uma reavaliação de sentimentos aos quais não se encontram respostas concretas. Um mistério indecifrável, responsável por tormentos intermináveis. Um erro ao qual assusta e distância qualquer “ser” de existir. Quem sabe descobriremos que essa vida foi um sonho? E que como os sonhos são diferentes, o provável é que cada um esteja cercado de diferentes pensamentos, que na verdade são ilusões intensas, já que a princípio, nem ao mesmo existir é capaz, mas torna-se mais sublime por se tratar de um sonho. E sendo assim, os sofrimentos são diferentes, os castigos impostos não são os mesmos, porém isso não quer dizer que as mentes estejam salvas de serem atordoadas pelo acúmulo de pensamentos, que é inevitável. “Embora ninguém acredite nas fábulas do paisagismo, nós, com frequência esquecemos isso, a ponto de fazer interferências partindo delas, como se fossem realidades vivas.” Essa magia se torna o viver, acreditar e depositar credibilidade, mesmo que não vejamos onde depositá-las, o importante é sentir que existem, para que possam alimentar os “falsos” pensamentos e transformar o que denominamos existência. Poucas pessoas existem, mesmo entre os pensadores mais serenos, que por vez, não tenham sido levados a sentir. Porém, são os sentimentos que acabam fortalecendo esse mistério da “vida”, principalmente o amor. Onde há amor não é necessário mais nada, porque esse sentimento torna-se tudo, torna-se a base do que somos. Peine forte et dure ¹ Castigo forte e duro. E nesse romance há apenas um desejo (o de resgatar o amor). Seria egoísmo de minha parte não revelar o sentimento capaz de suprir as necessidades que desejo, que são as mesmas que todos suplicam, viver. Vale ressaltar que se vive de amor, impossível não acreditar. Retomando á narrativa sublime, segue se os poemas, que criei em meus momentos de extrema solidão, onde meus pensamentos se encontravam longe de mim. Mesmo para um Parvenu ¹ , como eu, o amor revela momentos, que dinheiro algum pode comprar, que nada, além do próprio sentimento pode proporcionar. E essas revelações, repletas de sorrisos, transmitem o necessário para concluir, que nada pode ser tão belo como amar. -E antes de descobrir essas revelações, eu me submetera em relação ao meu próprio domínio. O falso sentimento de caráter elevado, ao qual até então me considerava superior, criaram em mim a ideia da fraqueza absoluta. Por remorso me afastei de tudo e de todos, comecei a duvidar da minha própria firmeza. Porém com o tempo alguns traços dessa amarga distância, tornaram-se determinados privilégios e fui capaz de resgatar força interior, que pareceu me surgir das sementes do amor, que não havia percebido, mas que estavam enraizados em mim. Parvenu ¹, filho da grana Estava claro, a fonte de minhas inspirações e a intensidade de meus desejos, a perfeição com que consigo misteriosamente revela-lo, assim como no vazio que se torna completo, por pensamentos, mesmo que vagos, mas de complexidade que os intensificam. E no fundo todos são capazes de senti-lo, mesmo que o neguem. Por que se faz presente em todos os seres, apenas pode estar escondido, com medo das feridas, das perdas, de conhecer o desconhecido. Por que na verdade, são passagens as quais estamos sujeitos enfrentar. As quedas, os acasos, a morte e a dor, infelizmente cedo ou tarde serão revelados. E mesmo assim, estou certo de que o amor não morrerá, apenas irá aumentar a distância entre os seres, mas distância não significa ausência, ao menos a meu ver, distância, é sinal de complexidade. E nesse momento, tudo pode ser ainda mais belo, pela presença desses sentimentos. “ E mesmo que as nuvens venham impedir o sol de brilhar, estarei certo de que ele está ali, pronto para surgir e iluminar um novo amanhecer. Mesmo que chuvas tempestivas pareçam ser sinal de interminável horror, sempre surge ao final um arco íris. Sendo assim, sempre é possível encontrar a beleza, mesmo nas horas mais pavorosas e em todos os sentimentos.” Essa é minha dedução em relação aos pensamentos, em relação ao amor. E assim como eu, pensa Anahí, que nunca desacreditou totalmente do verdadeiro amor, que pela confiança, o faz prevalecer nesse romance, independente dos obstáculos. “Apesar da tempestade, do vento forte, da luz tão frágil, do mais difícil e de todos os naufrágios, seguiremos acreditando no amor.” Por quê? Porque o amor nunca fracassa! Nunca. Meu caminho é distante E apenas nisso posso crer, Porém nada posso enchergar, Absolutamente nada. Então resta-me sentir. Meus passos são escuros E caminho para longe, Não sei ao certo O que encontrarei. Um eterno vazio? Será possível. Em minha face Nada posso demonstrar. As vezes me sinto distante Outras, proximo demais. Não perco o sentido Não perco a razão. Porém, sou capaz De perder-me Em meu proprio interior. Almas Complexas!
 
 
Alimentar esses pensamentos não é uma tarefa fácil, como aparenta. Tanto, porque como disse anteriormente nem ao mesmo é fácil pensar. Quando tudo parece se encontrar longe, sem resposta, com uma falsa luz, sem brilho... Tudo apenas piora, mas quando se encontra o que sabe-se que é real, as coisas modificam-se e essa falsa luz, se aproxima, se faz presente, se revela verídica. Inicialmente não a ponto de enxergá-la, mas de senti-la. De possuí-la e então ser impulsionado pela mesma a buscar, mesmo que tarde o encontro, o amor.
Enquanto apenas observo esses sentimentos, essas pessoas e principalmente Anahí Perrone e Harry Evans, posso encontrá-lo presente. O que me leva a sentir e transcrever as palavras que em mente publico em minhas milhares de páginas armazenadas mentalmente. Páginas que as vezes, muitas vezes na verdade, me distanciam dessa realidade e me fazem sentir e viver em um outro mundo, onde encontro mágia, e essa não é momentânea, sempre estará ali, a me aguardar, para que eu passe a fazer parte delas.


Escrevo agora, de algum café, em Paris, cujo nome não me interessa saber. Assisto de longe o que se passa, e também o que está por vir. Além de escrever? Penso. E pensando escrevo. Procurando palavras e essa procura interminável de revelação, acaba então se tornando minha única palavra.
Comtemplando a vida de Harry e Anahí, me identifico explicitamente com ambos. Em Anahí encontra-se o poder da comtemplação, de sentir a beleza nos momentos mais difíceis, enquanto esses permeiam seus pensamentos. Em Harry, encontra-se um enorme vazio, que raramente admite análise e definições. Mas que consegui encontrá-las, depois de uma observação profunda de minha parte, sob a vida de meus próximos amigos.

Estou certo que Anahí acredita no amor e em sua intensidade, por que é capaz de senti-lo, mesmo que distante. Enquanto Harry, é carregado de um eterno vazio de desilusão amorosa, que alimenta esse aspecto de nada sentir, mas que muito no fundo desejaria ser como Anahí. O vazio os calava, os deixavam mudo de imediato, ao relembrar os momentos passados. É certo também que carregavam muita tristeza, por há muito não presenciá-los. E isso os cegava, mesmo que por instantes, assim como nada tinham a dizer, além de sentir.





“... Tudo o que havia cor em sua vida, havia transformado se em cinza. Não conseguia ver o sol, apenas o sentia, era como se uma imensa nuvem cinza o tapasse, mas permitisse que seus raios ultrapassassem e finalmente chegassem a flor da pele. Embora esse processo demorasse, era capaz de senti-lo.
E assim como era capaz de sentir os raios de sol, também era capaz de sentir o amor.”

É meu desejo a felicidade, não apenas de Harry e Anahí e sim, a felicidade coletiva. Mas no geral, as pessoas são culpadas pela própria infelicidade, porque fazem de tudo para criar obstáculos que venham impedi-las de serem felizes.

E aqui de Paris, sou capaz de vê-los. Sou capaz de senti-los, como se fossem apenas um. Por que tudo que existe, inicialmente passa por um processo de criação, no entanto não estou criando e sim recriando esse sentimento, onde julgo necessário recriá-lo. Julgo e continuarei insistindo em julgar necessário. Por quê? Porque o que sinto é o mesmo que sentem esses seres que vivem de aparências, mas que necessitam de uma realidade e final feliz. E esse é e sempre será meu papel, em qualquer lugar, mesmo que muito distante me encontre.

Outra vez sentado num café
Em Paris,
E a pena?
Se encontra em minha mão.
Os papéis?
Lamento,
Esses cairam ao chão.
De repente passa um senhor
(Charuto, chapéu)
E olhar profundo.
Pergunta-me:
O que escreve?
Jovem escritor a
Admirar o mundo...

Continuo em meu silêncio,
Ele inquieto.
Diga-me
O que escreve?
Sobre amor?
O que pode você entender?

_Por esse motivo
Não o respondo.
Nada tenho a dizer.

NATANAEL OLYVER



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